4.9.07

Inconstância sentimental residente

Obedeço uma linha paralela, a quem da minha imaginação...
Traço caminhos difusos e transtornados em meio ao colapso de nossa progressão...
entendo o momento da vida, não contenho, nem caminho, vivo como um joker pronto para um carinho
não entendo o que tenho ouvido, não me importo com quem não quer perceber aquilo que venho sentindo
comento minha própria dignidade ao ponto em que realizo ações delicadas, permeadas pela mais singela atrocidade...
meus olhos já vêem as trevas, meu corpo ignora sua distância da minha mente,
separados por incontáveis léguas...
não existe um sonho, não existe um mundo...
existe aquilo que de nossos sentimentos é oriundo...
não existe mágoa, não existe vida..
existe a vontade da permanência divina...

30.8.07

Explosão interna inapropriada

Vago por incontáveis momentos boêmios, ao ponto em que perco minhas margens sensoriais, pago pela solidão, por perder-me em minha própria identidade.
Meu corpo vai de encontro a maldade, estruturando-se sem resquícios de sobriedade, divago ao som da minha própria notoriedade morna e sem chão.
Andando ao lado de trevas, sem atenção às minhas partes, sem regras.
Continuo ocorrendo sem fé...
Minha alma não se encontra, ela luta,a priori se acabara por segundos em vão, hoje desponta apenas em sua própria doença, onde imperam não calculáveis comorbidades...
Um escopo, o rascunho definitivo, minha vida sem meu punho a solucionar temas sem rumo, a se dissolver em meus sonhos imundos...
Vivo concomitante ao som do meu submundo, imbuído de ilusões formais, desperto através do pensamento calcinado e destruído por um momento inapropriado..
Viajo com meu coração, morro a cada dia que passa, renasço a cada carinho ofertado e me divido conforme me percebo.
Me estrago por acreditar nessa massa, me revigoro conforme luto contra minha própria raça, mas não lamento por perceber que tal guerra apenas me torne desfaçado.

22.8.07

Constante desapego

Apresente-se coerente como todos já o fizeram, mostre-se exuberante da mesma forma que lhes têm imposto, seja humilde assim como o querem, torne um sorriso para que acreditem, transforme-se em um motivo e assim não mais estarás exaurido.
Promova sua elegância ao fronte social, a fim de esconder esta arrogância quanto aos moldes da cobiça que lhe impuseram em um meio semi-intelectual.
Discuta internamente sua escuridão como poucos já o fizeram, mostre ao mundo algo imperfeito, seja apedrejado, mas viva assim como és, perfeito adjunto ao semi produto oriundo de máculas inativas.
Calcule seu raio de ação baseando-se nas trevas que te apresentam, disponha sua vida baseado nos segundos que te consumiram.
Entorne mais um metro cúbico e desprenda-te disso que pensamos...
Mestre ingênuo

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17.8.07

Alento Individual

Quero seu perfume invadindo meus sonhos como uma chama corta o alcatrão que me alimenta toda vez que me lembro de seu olhar.
Sinto a textura ao tato imposta pelo norte inusitado aclamado do coração que insiste em reclamar.
Vejo a lágrima que rola por não defontrar esse dia, que será o dia, depois deste dia que estou a relutar.
Percebo o coração quando chama não inflama, não mais arde, não mais chora, não mais congela, esse pedaço de carne cobre minhas espectativas e me transforma em mais um sonhador...
Busco seu seio, seu olhos e seu corpo para apenas um afago ideal, busco seu sonho com o meu sonho para um momento anormal.
Quero seu sentimento de revigorado tormento, batendo de encontro nesse doloroso momento com o dedos desse intrépido rabugento, através do beijo que meus lábios relutam e preferem ao sofrimento.
Sinto a ruína de seu colo, pelas estradas escarradas do meu ébrio descontento, pelo afago momentâneo desencontrado ou separado pelos nossos mundos ideais.
Vejo a primeira lápide do resto de minha vida, está lá nosso sentimento, estão lá meus lábios acatados aos seus, estará lá minha integridade, nossa saudade.
Percebo a ressonância do seu sono leve e turbulento, pedindo socorro através destes pesadelos e implorando por ajuda dentro de histórias simplórias.
Busco pela última vez um caminho ideal uma vida, uma cina, um túmulo para meus ulos, uma mentira para nossa verdade, um carinho para meu calo e uma venda para minha fala.
Não quero mais nada, apenas uma vez mais, apenas uma lágrima a mais, apenas mais alguns segundos sem paz.
Mestre Ingênuo

16.8.07

Noções para razão apresentar

Importuno é nosso chamado à clicos que não tendem a se completar...
Mesmo sabendo das motivações perplexas que nos trazem de alguma forma celebrar momentos incompletos e distantes de nosso caminho
Perfídia é mais uma destas motivações, não em sua essência, mas no tormento de uma ilusão pensada através da jornada que não tende a terminar
Nada excludente, totalmente deslocado de um movimento, integralmente abalado pelos mesmos motivos que não vos comento apenas por imaginar ou intuir me excluir, nos dissociar e finalmente perceber esse cataclismo.
As lágrimas que rolam pela maioria me parecem compostas de uma hipnose agnóstica pautada em um rebanho controlado por um peão cego e talvez mudo também...
As minhas águas são diferentes das deles, sim por ser controlado e saber, por lutar e saber, por fraquejar e não me conter, por quase desistir e normalmente me esconder...
Choro por ti, por nós, pelo peão e por saber que mesmo tendo uma listra negra em minha paleta, não consigo escapar dos chamados mudos e dos olhares cegos..
Não me odeie por perceberes a loucura nessas frases, nem me ame caso isso seja possível, apenas entenda que meu lamento não modular fala sobre uma cobertura, talvez uma película, imposta a nós...
Me despeço relatando que a fuga é a alternativa viável e momentânea ao sofrimento e esse, por sua vez, é a propulsão necessária à nossa revolta


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não, eu ainda não surtei, só resolvi escrever algo hebefrênico....

13.8.07

Já Volto :D

As vezes eu tenho medo do que escrevo...
Não por ser horrível ou bom, mas por demonstrar um lado que, certas vezes, gostaria que não existisse..
Deixo de me perceber quando noto certas linhas de pensamento, normalmente eu apago e deixo de escrever por um bom tempo...
Hoje foi diferente, iniciei um texto que me deu medo até, apaguei e agora estou escrevendo esse desabafo.. enfim ninguém é de ferro né?
Quem sabe as poesias voltam em algum momento, meu processo de criação é simples eu sento e escrevo, sem pensar nem corrigir. Não sei as motivações muito menos as "desmotivações", mas eu sei que em algum momento eu volto a escrever...
Ai eu atualizo, pode ser amanhã, pode ser semana que vem, mas por enquanto, como eu disse anteriormente, eu não estou gostando do que eu escrevo, então quando voltar a gostar eu posto. :D

11.8.07

Ponte à penumbra.

Se ao mundo coube a exuberância.
Infame foi lanhada pela ignorância.
Se ao cabo acabo, em teus filos não me engajo.
Em terras marcadas, um esforço doado.
Em águas passadas nem o vento espassa.
Neste fogo forjado, apenas teu orgulho apagado.
Eis aqui o coração desiludido, intolerante, cicatrizado e conceituado frente tal destruição.
Um presente negado pelo amor ludibriado, estás vendo minha súplica ó doce vetor destruidor?

8.8.07

Péssimo momento :D

Por um dia sonhar...
só por sentir meu corpo se aprofundar...
Em dias lembrar de um momento a provar...
.
Sem teu sonho, à mim, por ti, me oponho
Como o véu já visto, meu olhos não querem acreditar no meu paladar...
Ao céu admirar, o gosto lhe deixo à prova...
por ser apenas o réu admito a culpa que tive pelo deleite seu
.
Por palavras não mencionadas prefiro esquecer
Com astuta coragem não abster, com falhas no ato do meu pranto à transcorrer...
Porque em meio ao vento...
Meus olhos...
Meus lábios...
Minha mágoa...
Este sentimento.
Apenas você.

Mestre Ingênuo

7.8.07

Poetry break

Dando um break nas poesias, posto aqui uma reflexão banal escrita em meados de 2005 para um projeto da minha faculdade. (sim um projeto tão maluco quanto o texto)
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Eram os Deuses astronautas?
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Se o título do livro é uma afirmação verdadeira, com certeza Freud foi um dos maiores astronautas que tivemos, calma, eu não disse que ele é do planeta xbk2-01, mas quase disse que ele não era um ser humano. Porque? Simples! O cara escreveu conceitos que hoje até as dançarinas de “axé music” mencionam: E então, em um momento de inspiração única uma bunda fala “Isso faz bem para o meu EGO”! Expressão muito bem colocada que respeita integralmente teoria psicanalítica que, trocando em miúdos, diz que o ego é um pequeno **argentino** que existe dentro de nós...
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Sem entrar em maiores detalhes podemos também afirmar que o cara é o cara. PQ? Oras o magrão escreveu uma p*ta duma teoria baseada em suas próprias vivências clínicas e antes disso como pesquisador em não me lembro o que. (**Nei** gostaria que tu pudesse me lembrar exatamente dessa passagem pena que não temos mais contato).
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Legal, vamos esquecer um pouco minha relapsa vida acadêmica e ressaltar que hoje qualquer pessoa está munida, através da, super-ultra-mega-enorme-grotesca, banalização do psicologismo e, conseqüentemente, conceitos de como o de Ego, acredito que isso é devido a um boca-a-boca muito mal feito, essas pessoas até sabem o que de fato significa ego mas não sabem “para o que serve”, isso é como saber o que é uma camisinha, sem nunca ter nem sequer visto uma.
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Tá mas i daí o sabe-tudo!? explica então...
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Não, eu não pretendo explicar a constituição de um aparelho psíquico muito menos para que serve o Ego e também não pretendo mencionar que ele é apenas um dos três (é isso ai 3, trois, san, nê, Three, TRÊS) “entidades” desse “aparelhinho” que não é um rádio, muito menos um computador, apesar de existirem interessantíssimas comparações com o último.
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Exaltações à parte é interessante ver que em nossa sociedade as pessoas sabem repetir o que escutam e vêem, observe que isso é um dos fatores responsáveis por aprendermos quase tudo que fazemos ou “repetimos” durante a nossa “linda” infância (fala papai fala meu bebezinho lindo!). E qual é a sua primeira palavra, mamãe? A minha foi e me orgulho disso. Depois observar que nós falamos o que os outros falam e isso é inevitável, seria de valia ter certeza que a repetição de frases prontas como a citada logo acima, pela nossa “celebridade bundalizada”, querem dizer exatamente o que queremos expressar.
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Somos parte de uma sociedade onde as pessoas precisam parecer cada vez mais “interessantes” e essa necessidade vai desde a gana de ganhar aquela “graninha esperta” no final do mês até a incontrolável vontade de tornar-se “íntimo” de certa pessoa. Infelizmente as vezes coisas que nem sabemos do que se tratam são explicadas à nós por pessoas que tem exatamente o mesmo nível de conhecimento que temos sobre o assunto apresentado e o que acontece com isso? Nos tornamos vetores de uma cultura pré-disposta a repetir besteiras, uma cultura que não se preocupa em ler um bom livro para entender determinado assunto e sendo assim eu tu e nós todos eternamente repetiremos um infindável mar bobagens. (pobre Freud).
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E infelizmente ele não é o único alvo de tais banalizações :)
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-Alguns esclarecimentos
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Argentino: Isso foi uma brincadeira ¡Hermanos! Explicação: LEIA FREUD!
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Nei: Nei Machado, Psiquiatra e por muitos (MUITOS MESMO) anos professor da disciplina Sistema teórico Psicanalítico na Universidade Católica de Pelotas. Não ele não morreu só se aposentou e eu não tenho o e-mail dele. (DUFF) Detalhe se tu, algum dia, ler isso desculpa mas realmente é complicado lembrar dos detalhes hehehe. Ao menos eu me lembro que estiveste lá no consultório dele. Abraços professor Tu é fodão!

6.8.07

Temos muito que sonhar

Anseio alguém que possa me compartilhar apenas um momento semi-estruturado.
Daqueles que são sem pressa, quase como uma ação ou sentimento inacabado.
Quero um puxão de orelhas só no olhar, quero um não, um esquema ou um...
Esse ainda não me arrisco a comentar...
Quero um cafuné no pescoço, um soco na alma e vários beijos nos olhos...
Busco um aglomerado de sonhos perdidos, um desejo e uma panela fervendo com a mais pura libido.
Busco um analgésico natural um corpo, um estrago , uma respiração, um fato, espasmo e um refúgio no meio do meu olhar outonal...
Anseio um caminho, um norte, nada mais que um abrigo, nada mais que um encontro...
Nada além de um estrondo, uma mudança, minha sorte...
Minha esperança...

5.8.07

Vasto

Ser puro ao ponto de não desfrutar de seu ulo..
Viver imutável sem assinar com o seu controle descartável
Sentir realmente o que na mentira vês imponente...
Realçar a emoção para que o meu, não escureça com o seu coração
Deixar invadir minha frágil afeição é realmente o caminho para emergir o véu dessa ilusão?
Mestre Ingênuo

3.8.07

Descrença à promiscuidade.

Ei de dizer-te ó doce e magnífico flerte
Tua cura dentro de nós perdura
Teu fervor envolve-nos de Ardor
Ei de exclamar-te ó encantado assédio
em teu mundo perdemos o tédio
Eis de me perdoar incrível superficialidade
pois tua maldade, viu e contínua, abandona-nos em
imenso vazio...
Mestre ingênuo

2.8.07

Momento Gótico...

O púrpura da solidão...
A mácula de um ponto nesta multidão
A trinca seca da fúria onde todos passarão

Um curto momento de inspiração, um dia, papel e lápis na mão, no outro a coriza de um doente sermão...

O momento da alma para o frio que o acalma...

Um ingênuo sorridente pela ância de um mestre benevolente.
O azul que veste, até o cantar triste que precede...
A visão do manto da lua, a ignorância de um déspota sem coração...

Um coro cantado para o corpo que acredita algum dia ser amado...

Gente em carne e osso
Coração gelado...
Para de que maneira arbitrária...

Apenas demonstre uma alma solitária...
Mestre Ingênuo

1.8.07

Protesto e carinho

Rimas clichés me assolam ao escrever um texto...
eu não ando muito inspirado, por isso escrevo um protesto...

De qualquer forma poesia é um sonho adolescente, vivido no âmago da fragilidade que nos torna coerente...
Ser uma poesia não é o suficiente, é apenas um momento para criar, talvez se livrar de um momento latente...

Abusando de títulos já escritos, continuo trançando com meus dedos linhas pré coesas de pensamentos circunscritos...

Não me amole, se não gostas da minha fala, me conteste, me deteste, mas não me digas que não falo com sinceridade, muito menos com certa maldade....

Dizem que um poeta deve, de alguma forma obscura se boicotar, se entristecer, quase esquecer que viver não passa de uma mescla entre sofrer, enlouquecer, se reerguer e recuperar o gosto pelo reinício de cada ciclo vivido...

Enfim meus caros amigos, com esse meu bordão, deixo vocês a pensar que mesmo com rimas clichés posso alguma coisa lhes passar...

e sim estou feliz e sem inspiração mas continuarei escrevendo porque isso...
nunca me tirarão...

31.7.07

Em Pranto...

"Nem no encanto, tão
pouco no pranto
Forte e insípido, frio
porém aguerrido
contento e inóspito
concreto, mas apercebido lamento
Encanto, a doce loucura;
Em Pranto minha vida é tua"

Mestre ingênuo

Observação: Essa é veeeeeeeeeelha! Foi escrita em 2003, em abril acredito, mas e daí se alguém está lendo isso, é provavel que não conheça :D
Um grande abraço aos leitores...

30.7.07

Um último beijo Literário

Metade bobo, semi embriagado continua a caminhada para um novo entendimento...

Em um estado desconfortável nos percebo, nos desfaço...

Demi seco, quase nada, um solo gelado para estas raízes estriadas...

Nessa mistura descasada nos contemplo, nos estrago...

Sempre um, tentando dois, perceba aquele minueto que estava errado...

Por este azul ao seu rosto nos almejo, nos acabo..

Mestre Ingênuo

29.7.07

Mais uma vez... Olhe-me talvez?

Intensamente meu passado se revela através de seu próprio descaso...
Não me perguntes os motivos para relembrar, não é o caso...
Nesse momento eu apenas celebro o fim de mais um laço...

Não pela comutatividade desta linha...
Ela não é importante ela apenas por si só caminha, como uma estrada que parece infinita e aos nossos olhos a ilusão do sol a encontrando palpita..

Sem muita ambiguidade eu posso reescrever o meu passado em modo metafórico, para os que o querem decifrar, o entendam como um disco que repete sempre o mesmo modo irônico...

Tão cansado do passado que ao meu lado já percebo, um lado novo, pouco atordoado, quem sabe estagnado, mas nunca deslumbrado tentando viver sem o fardo de pensar na possibilidade que esse passado possa vir de alguma forma dobrado e se torne um descaso...

Apresente-se a mim meu novo momento, estabeleça-se e mostre-me mais alguns dias de alento....

Mestre ingênuo

8.8.06

Vou usar esse blog para colocar alguns textos, poesias e comentários sobre coisas que acredito pertinentes.
Obs: reviver um blog depois de mais de três anos é algo um tanto exótico.
sem mais.

21.3.03

--POST--